Centro de Convivência da Sudoeste inaugura Escola de Informática

16/12/2003

Primeiras turmas serão definidas nesta quarta, 17, e vão contemplar 36 pessoas com aulas serão gratuitas

Denize Assis

Para marcar seu primeiro ano de funcionamento, o Centro de Convivência e Cooperação Tear das Artes inaugura nesta quarta-feira, 17 de dezembro, a Escola de Informática e Cidadania (EIC) que vai disponibilizar aulas gratuitas de computação para crianças, adolescentes e adultos. Neste primeiro momento serão ofertadas 36 vagas para seis turmas, sendo duas classes para crianças de 6 a 12 anos e as demais para outras faixas etárias.

As pessoas que quiserem concorrer devem procurar o Tear das Artes na rua Benedito Roberto Barbosa, 11, no Parque Universitário, até as 13h30 desta terça para se inscrever. As vagas serão sorteadas durante as festividades do aniversário do local que terão início às 13h com uma programação que inclui ioga, oficinas de música, dança axé e, para encerrar, forró com o Trio Paulistinha.

O Centro de Convivência e Cooperação Tear das Artes é mantido pela Prefeitura por meio de um projeto da Secretaria de Saúde de Campinas em parceria com as secretarias municipais de Educação, de Promoção Social e de Cultura, Esportes e Turismo. O espaço foi criado para atender a uma reivindicação antiga da comunidade da Região Sudoeste, a mais populosa e mais carente da cidade.

Atualmente, o Tear conta com 30 espaços coletivos entre oficinas e cursos diversos. O serviço já tem 300 usuários cadastrados e recebe cerca de 70 pessoas por dia. De acordo com Gilvan Gomes da Silva, coordenador do Centro, em um ano de funcionamento, o Tear concretizou sua principal proposta que é atender às necessidades da população utilizando os recursos da própria comunidade. Por exemplo, a Escola de Informática e Cidadania foi viabilizada por meio de uma parceria com a Organização Não Governamental (ONG) Centro de Democratização da Informática que cedeu os computadores e treinou professores que são usuários do local.

"Agora, os profissionais da ONG vão acompanhar a parte técnica e didática das aulas", diz Gilvan. Ele explica que todos os trabalhos do tear são desenvolvidos com base nas diretrizes da pedagogia da cidadania, que significa desenvolver e estimular conhecimentos de acordo com a realidade da comunidade.

"Assim, atingimos o objetivo de multiplicar os espaços de convívio e estimular a solidariedade e a participação, elementos fundamentais na construção de uma rede capaz de produzir saúde e inclusão social. É o jeito Paidéia de trabalhar", diz Gilvan.

O Centro de Convivência atende a todas as faixas etárias e, atualmente, já inclui em seus espaços atividades para pessoas que cumprem penas alternativa, que necessitam de geração de rendas ou de reciclagem para o mercado de trabalho. O local conta com feira de artesanato e culinária, possui um estúdio de gravação, programa de rádio, jornal, biblioteca e oferece opções de lazer como a tarde do forró, às sextas-feiras.

Gilvan informa que, para participar do Tear das Artes, a única condição exigida é que a pessoa possa colaborar de alguma forma com as atividades, já que todos os trabalhos são voluntários. O interessado só precisa se dirigir ao local e procurar um dos monitores para se informar sobre os horários disponíveis e sobre como colaborar. O telefone do Centro é 3266 8006.

Rede Psicossocial. O Tear das Artes faz parte da rede de atenção psicossocial da Região Sudoeste da cidade, constituída também pelos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) Novo Tempo e David Capistrano. O Caps Novo Tempo, que atende a 244 pessoas, acaba de comemorar dois anos com uma programação que incluiu reinauguração do Espaço Toninho, na última segunda, 15 de dezembro, e posse do Conselho Local de Saúde, nesta terça, 16. O Caps David Capistrano, que atende a 188 pessoas, realiza festividades de final de ano na próxima sexta, 19.

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