Primeiras
turmas serão
definidas nesta
quarta, 17, e
vão contemplar 36
pessoas com aulas
serão gratuitas
Denize Assis
Para marcar
seu primeiro ano de funcionamento, o Centro de Convivência e
Cooperação Tear das Artes inaugura nesta quarta-feira, 17 de
dezembro, a Escola de Informática e Cidadania (EIC) que vai
disponibilizar aulas gratuitas de computação para crianças,
adolescentes e adultos. Neste primeiro momento serão
ofertadas 36 vagas para seis turmas, sendo duas classes para
crianças de 6 a 12 anos e as demais para outras faixas etárias.
As pessoas
que quiserem concorrer devem procurar o Tear das Artes na rua
Benedito Roberto Barbosa, 11, no Parque Universitário, até
as 13h30 desta terça para se inscrever. As vagas serão
sorteadas durante as festividades do aniversário do local que
terão início às 13h com uma programação que inclui ioga,
oficinas de música, dança axé e, para encerrar, forró com
o Trio Paulistinha.
O Centro de
Convivência e Cooperação Tear das Artes é mantido pela
Prefeitura por meio de um projeto da Secretaria de Saúde de
Campinas em parceria com as secretarias municipais de Educação,
de Promoção Social e de Cultura, Esportes e Turismo. O espaço
foi criado para atender a uma reivindicação antiga da
comunidade da Região Sudoeste, a mais populosa e mais carente
da cidade.
Atualmente, o
Tear conta com 30 espaços coletivos entre oficinas e cursos
diversos. O serviço já tem 300 usuários cadastrados e
recebe cerca de 70 pessoas por dia. De acordo com Gilvan Gomes
da Silva, coordenador do Centro, em um ano de funcionamento, o
Tear concretizou sua principal proposta que é atender às
necessidades da população utilizando os recursos da própria
comunidade. Por exemplo, a Escola de Informática e Cidadania
foi viabilizada por meio de uma parceria com a Organização Não
Governamental (ONG) Centro de Democratização da Informática
que cedeu os computadores e treinou professores que são usuários
do local.
"Agora,
os profissionais da ONG vão acompanhar a parte técnica e didática
das aulas", diz Gilvan. Ele explica que todos os
trabalhos do tear são desenvolvidos com base nas diretrizes
da pedagogia da cidadania, que significa desenvolver e
estimular conhecimentos de acordo com a realidade da
comunidade.
"Assim,
atingimos o objetivo de multiplicar os espaços de convívio e
estimular a solidariedade e a participação, elementos
fundamentais na construção de uma rede capaz de produzir saúde
e inclusão social. É o jeito Paidéia de trabalhar",
diz Gilvan.
O Centro de
Convivência atende a todas as faixas etárias e, atualmente,
já inclui em seus espaços atividades para pessoas que
cumprem penas alternativa, que necessitam de geração de
rendas ou de reciclagem para o mercado de trabalho. O local
conta com feira de artesanato e culinária, possui um estúdio
de gravação, programa de rádio, jornal, biblioteca e
oferece opções de lazer como a tarde do forró, às
sextas-feiras.
Gilvan
informa que, para participar do Tear das Artes, a única condição
exigida é que a pessoa possa colaborar de alguma forma com as
atividades, já que todos os trabalhos são voluntários. O
interessado só precisa se dirigir ao local e procurar um dos
monitores para se informar sobre os horários disponíveis e
sobre como colaborar. O telefone do Centro é 3266 8006.
Rede
Psicossocial.
O Tear das Artes faz parte da rede de atenção psicossocial
da Região Sudoeste da cidade, constituída também pelos
Centros de Atenção Psicossocial (Caps) Novo Tempo e David
Capistrano. O Caps Novo Tempo, que atende a 244 pessoas, acaba
de comemorar dois anos com uma programação que incluiu
reinauguração do Espaço Toninho, na última segunda, 15 de
dezembro, e posse do Conselho Local de Saúde, nesta terça,
16. O Caps David Capistrano, que atende a 188 pessoas, realiza
festividades de final de ano na próxima sexta, 19.