Denize Assis
Com a chegada
do período de férias, a Secretaria de Saúde de Campinas
quer alertar viajantes para que fiquem atentos aos sintomas da
dengue. A orientação é para que as pessoas procurem
imediatamente a equipe de saúde do Paidéia ao apresentar
febre alta acompanhada de outro sinal como dor de cabeça e no
corpo, fraqueza, algum tipo de sangramento ou queda de pressão
e dores abdominais. Dos 452 casos de dengue registrados desde
janeiro de 2.003 no município, 70 são de pessoas que contraíram
o vírus em viagens para fora da cidade.
De acordo com
a psicóloga Fernanda Borges, da Saúde Coletiva da
Prefeitura, após o período de férias, Carnaval e outras
datas festivas, principalmente nos meses de calor e chuva, a
Vigilância Epidemiológica registra um aumento no número de
casos de dengue na cidade. "O grande fluxo de pessoas que
chegam, retornam ou passam pela cidade facilita a transmissão
da doença", diz Fernanda. Somente na rodoviária, onde
circulam 12 mil pessoas por dia, o movimento aumenta mais de
15% nestas épocas do ano.
A direção
da Saúde Coletiva da Prefeitura também reforça a orientação
para que todos os serviços de saúde estejam atentos para
suspeitar, diagnosticar e acompanhar pessoas com sintomas da
dengue. "Enfrentamos o sexto ano consecutivo de epidemia.
Muitas pessoas já tiveram a doença e uma segunda dengue pode
levar a um quadro hemorrágico. Portanto, população e
profissionais de saúde devem estar atentos", diz a médica
sanitarista Naoko Silveira, da Secretaria de Saúde. E é
importante, segundo Naoko, que a pessoa relate os locais para
onde se deslocou nos últimos 30 dias e que tipo de exposição
teve.
Moradores.
Além do alerta aos viajantes, a Prefeitura também prossegue
com ações educativas para conscientizar a população sobre
a necessidade de combater o mosquito Aedes aegypti, que
transmite o vírus da dengue. "Divulgamos práticas de
prevenção e combate à doença com orientações para que as
pessoas adotem cuidados como, por exemplo, limpar e tampar a
caixa d´água porque elas podem ser grandes criadouros",
diz Fernanda Borges.