Saúde
da Mama
é o tema do seminário que a Prefeitura de Campinas,
por intermédio da Secretaria de Saúde, realiza nesta
quinta-feira, 1º de dezembro, a partir das 14h, no
auditório da Sociedade de Medicina e Cirurgia de
Campinas. Voltado para médicos, enfermeiros,
auxiliares de enfermagem e agentes comunitários da
rede municipal de saúde, o evento integra a 3ª
Semana Municipal de Saúde da Mama de Campinas, que
termina nesta sexta-feira, 2 de dezembro.
Segundo
o mastologista Fernando Brandão, coordenador da Saúde
da Mulher, o seminário abordará questões como mudanças
na formalização do protocolo de detecção do câncer
do mama, novas considerações técnicas acerca da
mamografia, resultados epidemiológicos e dados estatísticos,
entre outras. "Esperamos a participação de pelo
menos um representante de cada unidade municipal de saúde
a fim de que se tornem elementos multiplicadores nos
seus locais de trabalho", diz o mastologista.
De
acordo com Brandão, Campinas melhorou em muito a
detecção precoce do câncer de mama, aumentando a
sobrevida da mulher e evitando tratamentos mutilantes.
"Há 10 anos, realizávamos 1,5 mil mamografias
por ano na rede básica de saúde; em 98, passamos
para 20 mil exames desse tipo e, agora, já estamos na
faixa de 26 mil mamografias anuais", disse.
Segundo
ele, os gastos da Prefeitura com esse tipo de exame
chegam a aproximadamente R$ 1 milhão por ano. Além
disso, dois ambulatórios especializados em mastologia
foram inaugurados, sendo um na Policlínica 2 e outro,
no Complexo Ouro Verde. "Campinas está entre as
cidades brasileiras que mais detectam o câncer de
mama precocemente e que obtêm os melhores resultados
no tratamento", afirma Brandão.
De
acordo com ele, em 1996, 70% dos casos diagnosticados
encontravam-se em estado adiantado da doença. Hoje, o
índice inverteu-se e 70% dos diagnósticos dizem
respeito à doença em seu estágio inicial.
A
exemplo do que acontece nos Estados Unidos e em vários
países da Europa, o câncer de mama é, atualmente, a
principal causa de morte por câncer entre as mulheres
em Campinas (cerca de 80 casos por ano).
Cláudia
Xavier – jornalista do Decom
Especial
para o Portal da Saúde