Novo protocolo estabelece atendimento qualificado e humanizado do idoso

27/12/2005

Para ampliar e qualificar a atenção à saúde do idoso, a Secretaria de Saúde de Campinas acaba de elaborar um novo protocolo de atendimento para as pessoas com mais de 60 anos na cidade. O documento, construído por um grupo de profissionais de todas as áreas técnicas da Secretaria Municipal de Saúde com participação de representantes de várias outras secretarias da Prefeitura Municipal de Campinas, entidades civis, grupos de idosos e Organizações Não-Governamentais (ONGs), direciona as ações para este público na rede municipal de saúde e ainda trata de questões relacionadas à legislação, além de garantir a aplicação do novo Estatuto do Idoso.

"O novo protocolo é um marco na política municipal de atenção ao idoso. Além de aprimorar o trabalho já desenvolvido pelo município, concilia as ações da Prefeitura com projetos federais que garantem a proteção da saúde das pessoas acima de 60 anos", diz o médico Rogério Araújo, coordenador municipal da Saúde do Idoso em Campinas. De acordo com Araújo, para pensar o idoso em sua integralidade, buscou-se ouvir todos os órgãos e secretarias que desenvolvem ações diretas com esse público alvo.

Dessa maneira, participaram do grupo de trabalho representantes das Secretaria de Saúde, Assistência Social, Jurídico, Transportes, Esportes e Educação, além de membros do Conselho Municipal do Idoso, INSS, usuários da rede básica de saúde e representantes dos Conselhos Locais de Saúde. "Além de ser um esforço para atender a legislação vigente, o protocolo contribui também para um atendimento mais qualificado e humano das pessoas idosas", diz Araújo.

Entre os tópicos explorados pelo documento estão as questões da clínica ampliada para o idoso, diagnóstico, imunização, humanização na atenção ao idoso, papel da família na atenção integral, vigilância do ambiente (fatores individuais e ambientais de risco para quedas), cuidados especiais, violência, sociedade sustentável e outros.

O documento lista ainda uma série de doenças de maior prevalência entre a população idosa e aponta para a maneira como elas devem ser diagnosticadas e tratadas, entre outros.

Em Campinas, a proporção de idosos é de aproximadamente 10% da população total. No entanto, as taxas de crescimento desse público não é a mesma nas várias regiões da cidade, sendo 13,8% concentrada na região do Distrito de Saúde Leste; 10,2% na Norte; 10% na Sul; 6,6% na Noroeste e 5,4% na Sudoeste.

Segundo os organizadores do protocolo, essa situação reflete as diferenças das condições de vida na cidade, com repercussões na longevidade e na qualidade de vida dessas populações.

A Secretaria de Saúde entende que esse é o segmento que cresce em maior velocidade, "exigindo que a cidade se prepare para responder a uma demanda crescente de políticas sociais capazes de garantir aos idosos seus direito de cidadania".

Cláudia Xavier – jornalista do Departamento de Comunicação (Decom) da Prefeitura de Campinas
Especial para o Portal da Saúde

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