Para
ampliar e qualificar a atenção à saúde do idoso, a
Secretaria de Saúde de Campinas acaba de elaborar um
novo protocolo de atendimento para as pessoas com mais
de 60 anos na cidade. O documento, construído por um
grupo de profissionais de todas as áreas técnicas da
Secretaria Municipal de Saúde com participação de
representantes de várias outras secretarias da
Prefeitura Municipal de Campinas, entidades civis,
grupos de idosos e Organizações Não-Governamentais
(ONGs),
direciona as ações para este público na rede
municipal de saúde e ainda trata de questões
relacionadas à legislação, além de garantir a
aplicação do novo Estatuto do Idoso.
"O
novo protocolo é um marco na política municipal de
atenção ao idoso. Além de aprimorar o trabalho já
desenvolvido pelo município, concilia as ações da
Prefeitura com projetos federais que garantem a proteção
da saúde das pessoas acima de 60 anos", diz o médico
Rogério Araújo, coordenador municipal da Saúde do
Idoso em Campinas. De acordo com Araújo, para pensar
o idoso em sua integralidade, buscou-se ouvir todos os
órgãos e secretarias que desenvolvem ações diretas
com esse público alvo.
Dessa
maneira, participaram do grupo de trabalho
representantes das Secretaria de Saúde, Assistência
Social, Jurídico, Transportes, Esportes e Educação,
além de membros do Conselho Municipal do Idoso, INSS,
usuários da rede básica de saúde e representantes
dos Conselhos Locais de Saúde. "Além de ser um
esforço para atender a legislação vigente, o
protocolo contribui também para um atendimento mais
qualificado e humano das pessoas idosas", diz Araújo.
Entre
os tópicos explorados pelo documento estão as questões
da clínica ampliada para o idoso, diagnóstico,
imunização, humanização na atenção ao idoso,
papel da família na atenção integral, vigilância
do ambiente (fatores individuais e ambientais de risco
para quedas), cuidados especiais, violência,
sociedade sustentável e outros.
O
documento lista ainda uma série de doenças de maior
prevalência entre a população idosa e aponta para a
maneira como elas devem ser diagnosticadas e tratadas,
entre outros.
Em
Campinas, a proporção de idosos é de
aproximadamente 10% da população total. No entanto,
as taxas de crescimento desse público não é a mesma
nas várias regiões da cidade, sendo 13,8%
concentrada na região do Distrito de Saúde Leste;
10,2% na Norte; 10% na Sul; 6,6% na Noroeste e 5,4% na
Sudoeste.
Segundo
os organizadores do protocolo, essa situação reflete
as diferenças das condições de vida na cidade, com
repercussões na longevidade e na qualidade de vida
dessas populações.
A
Secretaria de Saúde entende que esse é o segmento
que cresce em maior velocidade, "exigindo que a
cidade se prepare para responder a uma demanda
crescente de políticas sociais capazes de garantir
aos idosos seus direito de cidadania".
Cláudia
Xavier – jornalista do Departamento de Comunicação
(Decom) da Prefeitura de Campinas
Especial
para o Portal da Saúde