A Secretaria de Saúde de Campinas coloca em prática, a
partir de janeiro, o Projeto de Cirurgias Eletivas. A
programação é que, até maio de 2006, tenham sido
realizadas pelo menos 847 cirurgias em usuários do
Sistema Único de Saúde (SUS) que já se encontram à
espera por operações nas áreas de ortopedia,
otorrinolaringologia, ginecologia, urologia, cirurgia
geral e vascular entre outras.
O
projeto foi elaborado por uma equipe do Departamento
de Gestão e Desenvolvimento Organizacional (DGDO) da
Secretaria Municipal de Saúde e vai captar para o
município um recurso do Ministério da Saúde no
valor de R$ 1,3 milhão por ano, o equivalente a R$ 1
real por morador. Antes de ser enviado para aprovação
do Ministério da Saúde, o plano foi aprovado pelo
Conselho Municipal de Saúde.
Inicialmente,
as cirurgias serão realizadas pelo Hospital Municipal
Mário Gatti, da Prefeitura, pelo Hospital Celso
Pierro, da Pontifícia Universidade Católica
(PUC-Campinas) e pela Maternidade, parceiros no
projeto. No entanto, a meta da Secretaria Municipal de
Saúde é que todos os hospitais que atendem pelo SUS
Campinas participem.
"O
objetivo é reduzir as filas de cirurgias eletivas ou
seja as que não são casos de urgência e portanto a
pessoa pode aguardar. Os critérios para seleção de
pacientes são por gravidade do caso e tempo de
espera", informa o médico sanitarista Savério
Gagliardi, do DGDO.
Segundo
o sanitarista, para o segundo semestre de 2006, está
programada a segunda etapa do projeto com a
expectativa de zerar a fila.
"O
projeto representa um grande ganho para o município
porque aumenta os recursos para a atenção à saúde,
amplia o acesso e qualifica a assistência à população.
Outro desdobramento do o projeto é possibilitar o
aumento do repasse aos prestadores do SUS",
afirma o médico pediatra Pedro Humberto Scavariello,
diretor municipal de Saúde.
De
acordo com Scavariello, como Campinas é referência
regional na assistência à saúde pública, a idéia
é que futuramente o município possa, numa integração
com cidades vizinhas, atender pacientes de locais que
não possuem assistência de alta complexidade nessas
áreas.
Denize
Assis