Projeto de cirurgias eletivas vai beneficiar 847 usuários do SUS Campinas até maio de 2006

28/12/2005

A Secretaria de Saúde de Campinas coloca em prática, a partir de janeiro, o Projeto de Cirurgias Eletivas. A programação é que, até maio de 2006, tenham sido realizadas pelo menos 847 cirurgias em usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que já se encontram à espera por operações nas áreas de ortopedia, otorrinolaringologia, ginecologia, urologia, cirurgia geral e vascular entre outras.

O projeto foi elaborado por uma equipe do Departamento de Gestão e Desenvolvimento Organizacional (DGDO) da Secretaria Municipal de Saúde e vai captar para o município um recurso do Ministério da Saúde no valor de R$ 1,3 milhão por ano, o equivalente a R$ 1 real por morador. Antes de ser enviado para aprovação do Ministério da Saúde, o plano foi aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde.

Inicialmente, as cirurgias serão realizadas pelo Hospital Municipal Mário Gatti, da Prefeitura, pelo Hospital Celso Pierro, da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Campinas) e pela Maternidade, parceiros no projeto. No entanto, a meta da Secretaria Municipal de Saúde é que todos os hospitais que atendem pelo SUS Campinas participem.

"O objetivo é reduzir as filas de cirurgias eletivas ou seja as que não são casos de urgência e portanto a pessoa pode aguardar. Os critérios para seleção de pacientes são por gravidade do caso e tempo de espera", informa o médico sanitarista Savério Gagliardi, do DGDO.

Segundo o sanitarista, para o segundo semestre de 2006, está programada a segunda etapa do projeto com a expectativa de zerar a fila.

"O projeto representa um grande ganho para o município porque aumenta os recursos para a atenção à saúde, amplia o acesso e qualifica a assistência à população. Outro desdobramento do o projeto é possibilitar o aumento do repasse aos prestadores do SUS", afirma o médico pediatra Pedro Humberto Scavariello, diretor municipal de Saúde.

De acordo com Scavariello, como Campinas é referência regional na assistência à saúde pública, a idéia é que futuramente o município possa, numa integração com cidades vizinhas, atender pacientes de locais que não possuem assistência de alta complexidade nessas áreas.

Denize Assis

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