A Secretaria de Saúde de
Campinas divulgou nesta sexta-feira, 7 de dezembro,
para todos os serviços e profissionais de rede de
saúde do município, informe técnico sobre sarampo em
que atualiza a situação do surto da doença na Bahia
e reforça a necessidade da vacinação para os
viajantes que se encaminhem para as regiões do
surto.
Outra recomendação é para que
as equipes das Vigilâncias em Saúde intensifiquem as
ações de vigilância epidemiológica, com a
notificação imediata de todas as ocorrências
suspeitas e a manutenção de alta cobertura vacinal.
O informe é uma recomendação
do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), órgão
da Secretaria de Estado da Saúde, e da Secretaria de
Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde,
que solicitaram ampla divulgação em todos os
municípios brasileiros.
O surto na Bahia foi
notificado ao Ministério no dia 16 de novembro. Até
o momento, foram confirmados laboratorialmente 10
casos no município de João Dourado, próximo à região
da Chapada Diamantina. Há seis anos não havia
registro de casos autóctones de sarampo no Brasil.
“Depois de vários anos sem
registro de casos autóctones, ou seja adquiridos
aqui mesmo no Brasil, temos a notificação de 10
casos de sarampo no interior da Bahia. Como as
investigações ainda não concluíram sobre o caso
índice – as investigações podem indicar uma
circulação restrita naquela região ou que o vírus
está circulando de forma mais extensa no país - e
pra evitar a reintrodução do vírus aqui recomendamos
para todos que se desloquem para a região do surto -
adultos e adolescentes nascidos depois de 1960, sem
comprovação de nenhuma dose - que recebam pelo
menos uma dose da vacina tríplice viral 15 dias
antes de viajar. Esta vacina não é recomendada a
gestantes”, afirma a enfermeira sanitarista Brigina
Kemp, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da
Secretaria de Saúde de Campinas.
A vacina tríplice viral (SCR)
que protege contra o sarampo, protege também contra
a rubéola e a caxumba. A dose está disponível em
todos os centros de saúde de Campinas e é gratuita.
A sanitarista afirma que a
detecção deste surto reforça que a entrada do vírus
do sarampo em nosso país é ameaça constante. Brigina
orienta que o informe técnico seja amplamente
divulgado pelas equipes de saúde em reuniões,
visitas e em todas as possibilidades de encontro com
os profissionais da rede pública e, especialmente,
da rede privada de saúde.
O sarampo é uma doença viral
aguda, que se espalha facilmente e acomete pessoas
de qualquer idade. É a doença febril exantemática de
maior freqüência no mundo, com uma taxa de
mortalidade importante – milhares de crianças morrem
todos os anos em conseqüência do sarampo.
A Secretaria de Saúde de
Campinas informa que o viajante deve ficar atento se
apresentar febre, manchas avermelhadas pelo corpo,
acompanhadas de tosse, coriza ou conjuntivite, até
30 dias após regresso da região de risco – Bahia –
porque estes podem ser sintomas do sarampo. “Se
apresentar estes sinais, a pessoa precisa procurar
imediatamente um serviço de saúde e evitar circular
em locais públicos”, informa Brigina.
Todo caso suspeito de sarampo
deve ser notificado imediatamente à Secretaria
Municipal de Saúde, 24 horas, no telefone: (19)
8137-8578. Para informações adicionais consulte os
sites:
www.saude.gov.br/svs
ou
www.cve.saude.sp.gov.br
ou
www.campinas.sp.gov.br/saude
Saiba
sobre a vacina.
Há mais de 30 anos a vacina
contra o sarampo – tríplice viral - está disponível
na rede pública de saúde do Brasil. Ela deve ser
aplicada quando a criança completa o primeiro ano de
vida e depois entre cinco e seis anos de idade. A
vacinação é uma das estratégias adotadas pela
Organização Mundial de Saúde para a erradicação da
doença. Em Campinas, a cobertura vacinal contra o
sarampo – tríplice viral - é em torno de 100%. O
último caso autóctone da doença na cidade foi
notificado em 1.999. Em 1997, o Brasil teve uma
epidemia de sarampo com mais de 53 mil casos e 61
mortes. O País não registrava transmissão autóctone
da doença desde o ano de 2000.
Denize Assis