A
Secretaria de Saúde de Campinas, por meio da
Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), divulgou
na última sexta-feira, 22 de dezembro, informe técnico
onde alerta novamente serviços e profissionais da rede
de saúde do município sobre a necessidade de
intensificação das ações de vigilância e controle do
sarampo, com a notificação imediata de todas as
ocorrências suspeitas e a manutenção de alta cobertura
vacinal inclusive com busca de crianças com doses em
atraso.
O informe,
divulgado sob orientação do Centro de Vigilância
Epidemiológica (CVE) da Secretaria de Estado da Saúde e
da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério
da Saúde, também atualiza a situação do surto de sarampo
em João Dourado, próximo à região da Chapada Diamantina,
na Bahia (455 km de Salvador).
Além
disso, reforça a necessidade da vacinação de viajantes
para a Bahia e dos caminhoneiros nos armazéns
alfandegários. A vacina é recomendada para adultos
nascidos depois de 1960, sem comprovação de nenhuma
dose. Esta vacina não é recomendada para gestantes.
O surto na
Bahia foi notificado ao Ministério no dia 16 de
novembro. Até o momento, foram confirmados
laboratorialmente 14 casos entre os 33 notificados como
suspeitos. A fonte de infecção ainda é desconhecida.
Todos os casos confirmados não eram vacinados e
referem-se a pessoas de ambos os sexos, com idade entre
9 meses e 37 anos. Há seis anos não havia registro de
casos autóctones (contraídos aqui mesmo) de sarampo no
Brasil.
A
enfermeira sanitarista Brigina Kemp, coordenadora da
Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de
Campinas, informa que a vacina tríplice viral SCR
(contra sarampo, caxumba e rubéola) é a medida de
prevenção mais eficaz contra o sarampo. No calendário de
vacinação de rotina, a primeira dose deve ser
administrada a toda criança de um ano de idade e uma
segunda dose àquelas de cinco a seis anos de idade.
A
sanitarista afirma que a detecção deste surto reforça
que a entrada do vírus do sarampo em nosso país é ameaça
constante. "O registro deste surto demonstra que ainda
somos vulneráveis à ocorrência desta doença. O município
de Campinas, com toda sua rede de saúde de serviços
públicos e privados, tem muita condição para evitar uma
situação semelhante a que está ocorrendo naquela
localidade da Bahia. Sendo assim, é importante que todos
os serviços de saúde, sejam eles consultórios,
ambulatórios, prontos-socorros, hospitais, centros de
saúde, estejam muito atentos para os casos suspeitos e
promovam a notificação imediata (para medidas rápidas de
controle) e orientem sua clientela ou pacientes para que
estejam vacinados, de acordo com as recomendações", diz.
Brigina
orienta que o informe técnico seja amplamente divulgado
pelas equipes de saúde em reuniões, visitas e em todas
as possibilidades de encontro com os profissionais da
rede pública e, especialmente, da rede privada de saúde.
Saiba
sobre o sarampo.
O sarampo
é uma doença viral aguda, que se espalha facilmente e
acomete pessoas de qualquer idade. É a doença febril
exantemática de maior freqüência no mundo, com uma taxa
de mortalidade importante – milhares de crianças morrem
todos os anos em conseqüência do sarampo.
A
Secretaria de Saúde de Campinas informa que o viajante
deve ficar atento se apresentar febre, manchas
avermelhadas pelo corpo, acompanhadas de tosse, coriza
ou conjuntivite, até 30 dias após regresso da região de
risco – Bahia – porque estes podem ser sintomas do
sarampo. “Se apresentar estes sinais, a pessoa precisa
procurar imediatamente um serviço de saúde e evitar
circular em locais públicos”, informa Brigina.
Todo caso
suspeito de sarampo deve ser notificado imediatamente à
Secretaria Municipal de Saúde, 24 horas, no telefone:
(19) 8137-8578. Para informações adicionais consulte os
sites:
www.saude.gov.br/svs
ou
www.cve.saude.sp.gov.br
ou
www.campinas.sp.gov.br/saude
Saiba sobre a vacina.
Há mais de
30 anos a vacina contra o sarampo – tríplice viral -
está disponível na rede pública de saúde do Brasil. A
vacinação é uma das estratégias adotadas pela
Organização Mundial de Saúde para a erradicação da
doença. Em Campinas, a cobertura vacinal contra o
sarampo – tríplice viral - é em torno de 100%. O último
caso autóctone da doença na cidade foi notificado em
1.999. Em 1997, o Brasil teve uma epidemia de sarampo
com mais de 53 mil casos e 61 mortes. O País não
registrava transmissão autóctone da doença desde o ano
de 2000.
Denize
Assis