Covisa reforça medida da Anvisa que suspendeu comércio e uso de anestésicos

27/12/2006

A Secretaria de Saúde de Campinas, por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), reforçou nesta quarta-feira, dia 27 de dezembro, para toda rede de saúde do município, especialmente para cirurgiões dentistas da rede privada, além do comércio e distribuidoras, a medida da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que suspendeu a distribuição, o comércio e o uso de todos os lotes dos anestésicos Lidostesim (Cloridrato de Lidocaína a 3% + Norepinefrina 1:50000) e Lidostesina (Cloridrato de Lidocaína a 2% + Norepinefrina 1:100000), fabricados pela empresa Probem - Laboratório de Produtos Farmacêuticos e Odontológicos Ltda, de Catanduva (SP).

A suspensão foi adotada depois que a Unidade de Farmacovigilância da Anvisa recebeu uma série de notificações sobre a ocorrência de eventos adversos relacionados ao uso dos medicamentos. Náusea, dor de cabeça, tontura e vômito foram algumas das reações notificadas pelos pacientes medicados com os anestésicos em vários estados do Brasil. Em Campinas, a Covisa notificou um caso de reação adversa ocorrido antes da suspensão da Anvisa.

Na semana passada, uma criança morreu em São Paulo após ser medicada com o anestésico em um consultório particular que desconhecia a proibição destes medicamentos. Por enquanto, estão sendo aguardados os laudos para que se saiba se o óbito está relacionado com o uso do anestésico.

O fato de um serviço desconhecer a medida da Anvisa chamou a atenção das autoridades sanitárias sobre a possibilidade de ainda existirem profissionais que não estão informados sobre a medida. Por isso, a dentista sanitarista da Covisa, Márcia Beltramelli, reforça a toda comunidade odontológica a necessidade de propagar esta informação para que não ocorram outros episódios de reações adversas.

“É necessário que esta informação seja divulgada de maneira ampla para toda comunidade através da mídia e em reuniões de associações e classes odontológicas. Profissionais que tiverem dúvidas podem entrar em contato com a Covisa por meio dos telefones 2116-0186 ou 2116-0233 ou 2116-0187. A população deve consultar seu cirurgião no sentido de obter informações sobre que tipo de anestésico está sendo usado”, diz Márcia Beltramelli.

A sanitarista ressalta que somente o produto da marca Probem está suspenso. Portanto, podem ser utilizados outros tipos de anestésico. A sanitarista informa ainda que estes medicamentos não são utilizados pelos serviços da rede básica da Secretaria de Saúde de Campinas.

Denize Assis

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