A
Secretaria de Saúde de Campinas, por meio da
Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa),
reforçou nesta quarta-feira, dia 27 de dezembro,
para toda rede de saúde do município, especialmente
para cirurgiões dentistas da rede privada, além do
comércio e distribuidoras, a medida da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que
suspendeu a distribuição, o comércio e o uso de
todos os lotes dos anestésicos Lidostesim (Cloridrato
de Lidocaína a 3% + Norepinefrina 1:50000) e
Lidostesina (Cloridrato de Lidocaína a 2% +
Norepinefrina 1:100000), fabricados pela empresa
Probem - Laboratório de Produtos Farmacêuticos e
Odontológicos Ltda, de Catanduva (SP).
A
suspensão foi adotada depois que a Unidade de
Farmacovigilância da Anvisa recebeu uma série de
notificações sobre a ocorrência de eventos adversos
relacionados ao uso dos medicamentos. Náusea, dor de
cabeça, tontura e vômito foram algumas das reações
notificadas pelos pacientes medicados com os
anestésicos em vários estados do Brasil. Em
Campinas, a Covisa notificou um caso de reação
adversa ocorrido antes da suspensão da Anvisa.
Na
semana passada, uma criança morreu em São Paulo após
ser medicada com o anestésico em um consultório
particular que desconhecia a proibição destes
medicamentos. Por enquanto, estão sendo aguardados
os laudos para que se saiba se o óbito está
relacionado com o uso do anestésico.
O
fato de um serviço desconhecer a medida da Anvisa
chamou a atenção das autoridades sanitárias sobre a
possibilidade de ainda existirem profissionais que
não estão informados sobre a medida. Por isso, a
dentista sanitarista da Covisa, Márcia Beltramelli,
reforça a toda comunidade odontológica a necessidade
de propagar esta informação para que não ocorram
outros episódios de reações adversas.
“É
necessário que esta informação seja divulgada de
maneira ampla para toda comunidade através da mídia
e em reuniões de associações e classes
odontológicas. Profissionais que tiverem dúvidas
podem entrar em contato com a Covisa por meio dos
telefones 2116-0186 ou 2116-0233 ou 2116-0187. A
população deve consultar seu cirurgião no sentido de
obter informações sobre que tipo de anestésico está
sendo usado”, diz Márcia Beltramelli.
A
sanitarista ressalta que somente o produto da marca
Probem está suspenso. Portanto, podem ser utilizados
outros tipos de anestésico. A sanitarista informa
ainda que estes medicamentos não são utilizados
pelos serviços da rede básica da Secretaria de Saúde
de Campinas.
Denize Assis