Autor: Denize Assis
A Secretaria de Saúde de Campinas iniciou na manhã desta segunda-feira, 1º de dezembro, uma megaoperação de controle e prevenção da dengue nos bairros Oziel, Monte Cristo e Carvalho de Moura, na região sul da cidade.
A ação, planejada e coordenada pela Vigilância em Saúde (Visa) Sul e executada em campo por uma equipe da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), está prevista para atingir 16 mil domicílios e beneficiar uma população estimada em 75 mil pessoas.
Somente esta semana, serão vistados 4 mil endereços entre imóveis residenciais, pontos de risco – locais que pela natureza de sua atividade podem favorecer a proliferação do mosquito como borracaharias, ferros-velhos etc - e imóveis especiais – escolas, etc. Os trabalhos estão previstos para até o dia 19 de dezembro.
Além de ações de informação, educação em saúde e mobilização social, as equipes também promovem retirada de criadouros do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. A maioria dos criadouros encontrados nestas comunidades está localizada nas residências.
“Nosso maior desafio sempre é mobilizar a comunidade para que compreenda a importância de cuidar de seus espaços privados”, diz o supervisor geral de dengue da Visa Sul, Daniel Della Libera.
O supervisor lembra que o combate a dengue é responsabilidade de cada um. “O controle dá-se essencialmente no nível coletivo e exige um esforço de toda comunidade. Isto significa responsabilidade governamental com participação social coletiva”, afirma Daniel.
Ele informa ainda que nas primeiras horas de trabalho desta segunda-feira, a receptividade da comunidade foi muito boa. “Os moradores recebem bem as equipes. É raro haver uma recusa nestes bairros”.
Situação epidemiológica. Campinas registrou 239 casos de dengue em 2008. Este número é 98% menor do que o verificado no mesmo período de 2007.
Segundo o secretário de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva, a redução no número de casos de dengue em Campinas em 2008 é bastante significativa e revela o resultado de esforços de toda equipe de saúde e do governo municipal. Por outro lado, segundo o secretário, a redução indica a importância de se manter a vigilância permanente contra o Aedes aegypti. “A continuidade das medidas de combate ao vetor no município durante todo ano e a participação da população são essenciais”, diz José Francisco Saraiva.