Campinas participa de Campanha De Prevenção contra o Câncer de Pele

04/12/2009

Autor: Denize Assis

Campinas participa no próximo sábado, dia 5 de dezembro, de mais uma edição da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Pele, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) em todo País e, no nosso município, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde.

O evento ocorre das 8h às 16h nos Ambulatórios de Dermatologia do Complexo Hospitalar Ouro Verde, do Hospital Celso Pierro da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) e do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Serão atendidos todos os pacientes com lesões suspeitas encaminhados pelos centros de saúde ou os que procurarem espontaneamente estas unidades.

Os dermatologistas da Secretaria Municipal de Saúde estarão envolvidos na campanha. Serão oferecidas avaliação clínica da pele; orientações sobre os cuidados com a exposição solar; e importância da prevenção e da descoberta precoce da doença. “Além disso, casos com possível diagnóstico de câncer de pele serão agendados para cirurgia”, informa a médica Valéria Vendramini, coordenadora municipal da área de Especialidades.

Os endereços dos locais de atendimento poderão ser consultados pelo site da SBD (www.sbd.org.br) - e também pelo número 0800-7013187.

Em 2008, dos 629 pacientes atendidos em Campinas no dia da campanha, 66 foram encaminhados para mais procedimentos porque foram identificados com lesões suspeitas de câncer.

De acordo com Valéria, o diagnóstico precoce é determinante para garantir a sobrevida e assegurar a escolha do tratamento mais eficaz.

“A exposição excessiva ao sol é o principal fator de risco do câncer da pele. Países tropicais como o Brasil estão mais vulneráveis a esse tipo de doença e, por isso, é tão importante oferecer orientação à comunidade para diminuir a incidência e melhorar a taxa de cura”, explica a médica.

Estimativas. O número de casos novos de câncer de pele não melanoma estimado para o Brasil no ano de 2.010 será de 53.410 entre homens e de 60.440 nas mulheres. Estes valores correspondem a um risco estimado de 56 casos novos a cada 100 mil homens e 61 para cada 100 mil mulheres.

Quanto ao melanoma, sua letalidade é elevada; porém sua incidência é baixa (2.960 casos novos em homens e 2.970 casos novos em mulheres). As maiores taxas estimadas em homens e mulheres encontram-se na Região Sul.

A maioria dos cânceres de pele ocorre devido à exposição excessiva ao sol. A Sociedade Americana de Câncer estimou que, em 2007, mais de um milhão de casos de basocelulares e células escamosas, e cerca de 60 mil casos de melanoma estariam associados à radiação ultravioleta (UV). Em geral, para o melanoma, um maior risco inclui história pessoal ou familiar de melanoma.

Outros fatores de risco para todos os tipos de câncer de pele incluem: sensibilidade da pele ao sol, história de exposição solar excessiva, doenças imunossupressoras e exposição ocupacional. Além disso, os pacientes imunocomprometidos (como os transplantados renais) têm um maior risco para o desenvolvimento do câncer de pele não melanoma.

A prevenção do câncer de pele, inclusive os melanomas, inclui ações de prevenção primária, por meio de proteção contra luz solar, que são efetivas e de baixo custo. O autoexame também contribui para o diagnóstico precoce. Ao surgimento de manchas/sinais novos ou mudança em alguns, o indivíduo deve procurar o dermatologista. A educação em saúde, tanto para profissionais quanto para a população em geral, no sentido de alertar para a possibilidade de desenvolvimento de câncer de pele e de possibilitar o reconhecimento de alterações precoces sugestivas de malignidade, é outra estratégia internacionalmente aceita.

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