Secretaria de Saúde alerta equipes sobre casos de coqueluche

12/12/2011

Autor: Denize Assis

A Secretaria de Saúde de Campinas, por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), divulga nesta terça-feira, dia 13 de dezembro, informe técnico para toda rede de saúde do município, pública e privada, com o objetivo de alertar para a ocorrência de casos de coqueluche.

Em 2011, até o momento, foram confirmados 38 casos da doença em Campinas. Não foram registradas mortes. Deste total, 27 ou 71% ocorreram em crianças menores de 1 ano, sendo 24 em menores de seis meses, sem início do esquema vacinal ou com vacinação incompleta. Neste segmento a doença manifesta-se com maior gravidade e, em geral, necessita de internação. Em 2010, foram notificados sete casos e dois óbitos.

O aumento na incidência da doença tem sido observado no Estado de São Paulo como um todo e não somente em Campinas. Uma das explicações para este fenômeno é que a vigilância e o diagnóstico foram aprimorados com um método mais rápido e sensível de detecção, o PCR, implantado há dois anos.

Diante deste quadro epidemiológico, a Secretaria de Saúde de Campinas tem aprimorado as ações de vigilância com o objetivo de monitorar os casos e propor medidas de controle. Por isto, a Covisa informa que é fundamental que as equipes de saúde façam o diagnóstico precoce e notifiquem as ocorrências suspeitas à Vigilância. A identificação oportuna também é fundamental para esclarecer o caso e tratar de forma adequada a pessoa acometida.

Outra medida importante é a vacinação das crianças, conforme calendário do Programa de Imunização do Ministério da Saúde. O esquema inclui três doses da vacina para as crianças menores de 1 ano, a partir dos dois meses – aos dois, quatro e seis meses; e dois reforços, um aos 15 meses e um entre quatro e seis anos de idade.

“A vacinação é uma estratégia eficiente de prevenção e controle da coqueluche, porém a imunidade não é permanente e dura em média seis anos. Também é prudente não expor crianças pequenas, principalmente as que ainda não foram vacinadas ou não contem com esquema de vacinação completo, a ambientes de grande circulação de pessoas. Familiares e amigos com tosse também devem evitar contato muito próximo”, informa a enfermeira sanitarista Maria do Carmo Ferreira, da Covisa.

A coqueluche é uma doença infecciosa transmissível por via respiratória pelo contato direto com indivíduos doentes. Também é conhecida popularmente como tosse comprida até por conta dos acessos súbitos de tosse. É de notificação compulsória o que significa que todos os casos suspeitos devem ser informados à Vigilância em Saúde.

A doença pode acometer pessoas de todas as faixas etárias. Porém é mais grave nas crianças pequenas que podem evoluir para quadros mais graves e complicações. Os dois óbitos em 2010 foram registrados em crianças de 45 dias e 50 dias.

Entre as medidas desencadeadas por Campinas estão incluídas reuniões com equipes de vigilância e divulgação de informes técnicos. O informe técnico da Secretaria de Saúde pode ser acessado pelo endereço www.campinas.sp.gov.br/saude

No mundo. A coqueluche é uma doença de distribuição universal, com ciclos hiperendêmicos a cada três ou cinco anos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima a ocorrência de 50 milhões de casos e 300 mil óbitos por ano. Atualmente, a coqueluche ocupa o quinto lugar entre as causas de mortalidade por doenças preveníveis por vacina em crianças menores de cinco anos.

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