Equipe é capacitada para reforçar ações de controle da dengue e inicia trabalho em campo

15/12/2011

Autor: Denize Assis

Técnicos da Secretaria de Saúde de Campinas capacitaram nesta quinta-feira, dia 15 de dezembro, as equipes da Secretaria de Serviços Públicos que vão reforçar os trabalhos de combate à dengue no município. O treinamento aconteceu na sede do Departamento de Limpeza Urbana, de manhã.

No total, serão disponibilizadas 50 pessoas distribuídas em cinco equipes, além de cinco caminhões, um para cada grupo, e um ônibus para o transporte do pessoal. À tarde, os homens partiram para o trabalho em campo que, hoje, ocorreu no jardim Santa Cruz, na área de abrangência do Centro de Saúde São José, região Sul da cidade.

Nos últimos anos, a Secretaria de Serviços Públicos tem atuado com apoio às ações de controle da dengue em Campinas, mas o diferencial agora é que foram destacadas equipes específicas que vão trabalhar sob a coordenação da Secretaria de Saúde.

A capacitação foi ministrada pelo coordenador do Programa Municipal de Controle da Dengue, André Ribas Freitas, da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa). Também colaboraram a bióloga Heloísa Girardi Malavasi, coordenadora de dengue da Vigilância em Saúde (Visa) Sul, e o engenheiro sanitarista Jeovani Santos, supervisor de dengue da Visa Leste.

Os técnicos explicaram sobre a doença, formas de transmissão, características e ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti e criadouros mais comuns. Também orientaram sobre como será o trabalho em campo, formas de abordagem dos cidadãos e a necessidade do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Segundo a equipe de capacitação, metal, vidro, plástico, restos de construção e todo tipo de material descartado que fica exposto na natureza de forma inadequada se constituem em potenciais criadouros porque podem acumular água, ambiente onde o mosquito se prolifera.

André informou que mais de 90% dos criadouros estão nos domicílios, dentro das casas ou nos quintais. “Todos os criadouros devem ser inviabilizados”, disse.

Um dos funcionários a ser capacitado foi Willian Pereira Araujo dos Santos, 20 anos, morador do Parque Floresta, na região do Campo Grande. Ele, que já adoeceu de dengue, considerou que o conteúdo da capacitação foi muito bom.

Willian afirmou que, antes de ficar doente, considerava que dengue era coisa simples. “Mas é uma doença complicada. Tive febre, muita dor no corpo, ânsia de vômito, indisposição total, não conseguia levantar da cama para nada. Tive complicações que me levaram a ficar quatro meses sem trabalhar”, afirmou.

Ele disse ainda que as pessoas têm que se conscientizar de que a dengue pode acontecer com qualquer um. “Agora, com esse trabalho aqui na rua, podemos contribuir para que o perigo possa diminuir. E também no sentido de informar que as pessoas precisam fazer sua parte e eliminar os criadouros”, disse.

Situação da doença. Em 2011, Campinas enfrentou a segunda maior epidemia de dengue das últimas décadas, com 3.044 casos e uma morte. A primeira em número de casos ocorreu em 2007, com mais de 10 mil casos ou 1.089,4 por grupo de 100 mil habitantes. Além disso, neste ano, a cidade registrou 26 casos de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD).

Outras ações. Nesta quinta-feira, 15 de dezembro, também ocorreram ações de controle da dengue na região Noroeste. Equipes recolheram pneus em borracharias na extensão que vai desde a avenida Ruy Rodrigues até o Centro de Saúde União de Bairros.

Amanhã, sexta-feira, dia 16, serão promovidos arrastões de criadouros nas áreas dos Centros de Saúde Faria Lima, São José e Carvalho de Moura, na região Sul da cidade. Na mesma área serão recolhidos pneus em borracharias no São Domingos, Carvalho de Moura, Nova América, Gleba B, São José, Jardim das Bandeiras e Santa Cruz.

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