Campanha de prevenção à AIDS mobiliza Centro da cidade

01/12/2012

Autor: Du Badaró

Neste dia 1º de dezembro, dia internacional de combate e prevenção ao HIV/Aids a Secretaria Municipal de Saúde promoveu na região central, na praça Rui Barbosa, localizada atrás da Catedral Metropolitana, uma campanha de conscientização para a população de Campinas. Durante o evento, foram distribuídos panfletos, preservativos e as pessoas foram convidadas a fazer o teste rápido de detecção do vírus HIV.

Segundo a coordenadora municipal de Prevenção DST/Aids, Claudia Barros, o exame é simples: com apenas uma gota de sangue coletada do dedo do paciente já é possível fazer o diagnóstico e o resultado sai em 20 minutos. “Esse processo já é usado na rede pública há quatro anos e evita a angústia da espera de quase uma semana do processo anterior”, explica Claudia.

No ano passado foram feitos cerca de 400 testes e a meta da campanha desse ano é pelo menos igualar. A coordenadora diz ainda que na população em geral a incidência de resultados positivos é de 0,6%, mas que o número aumenta quando se trata de grupos vulneráveis, (viciados em drogas injetáveis e pessoas com comportamento de risco). “Nesses casos a incidência chega a 5% de portadores”, afirma.

O evento reuniu uma pequena multidão e contou com a animação de DJ´s e apresentações de “drag queens” que divertiram os presentes com jogos e performances. A “drag queen” “Priscila Drag”, conhecida pelas participações em programas de TV, foi uma das atrações do evento. Priscila, que fez questão de participar voluntariamente do evento, alerta para a discriminação que sofrem os soropositivos: “Uma frase que gosto de repetir é que as pessoas conseguem viver com o HIV, mas não com o preconceito”.

Outro personagem emblemático presente, o “Moto-Rosa MC” ou somente Moto-Rosa como é conhecido na cidade, chamava a atenção para a falta de conscientização das pessoas. “Sou assumidamente soropositivo desde o começo dos anos 90, as pessoas sabem disso e mesmo assim muitas vezes aparecem pessoas que não querem fazer sexo seguro, com preservativo. Eu acho um absurdo. As pessoas brincam com a vida” finaliza.

Fotos de Carlos Bassan

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