Grupo de vivência ajuda a melhorar a qualidade de vida do idoso

21/12/2012

Autor: Amanda Romero e Marina Avancini

Uma reunião de idosos para prática de atividades físicas, canto, artesanato e, é claro, boas conversas. Quem vê essa cena comum não imagina que essa descontração pode diminuir a ingestão de medicamentos, curar depressões e reabilitar as pessoas para suas atividades diárias. Essa é a proposta do grupo “Alegria de Viver”, criado no Centro de Saúde (CS) Costa e Silva, região Leste de Campinas.

“O grupo faz parte de uma iniciativa do Ministério da Saúde chamada Política do Envelhecimento Ativo, que conta com o esporte para melhorar a condição física do idoso, além de atividades para promover o “lazer mental”, como oficinas de artesanato, sessões de cinema e grupos de discussão. São práticas que melhoram o bem estar da pessoa idosa, diminuem a automedicação e ajudam a reinserir esse grupo na meio social”, comenta a médica e Coordenadora da Saúde do Idoso do município, Rosemary de Castro Barreto.

O grupo de vivência foi criado em 2002 por Lourdes Moura, agente de saúde do CS, e conta com a participação de mais de 120 pessoas, em sua maioria idosos e mulheres.

“A atividade terapêutica realizada pelo grupo é muito importante para os pacientes. Muitas mulheres se queixavam de fortes dores e, depois da prática de atividade e convivência com outros integrantes, conseguiram minimizar o desconforto e voltar a realizar suas atividades diárias”, explica a coordenadora do CS Costa e Silva, Renata Zingra.

De acordo com ela, o “Alegria de Viver” tem trazido muitos benefícios aos frequentadores, entre eles a melhora da autoestima e a redução na quantidade de medicamentos ingeridos. “As pessoas que começam a fazer parte do grupo ganham outro pique. Elas mudam de comportamento e melhoram muito a convivência com os demais”, diz Lourdes.

Maria Aparecida Giuliette, de 66 anos, conta que participar das atividades e conviver com as pessoas do grupo ajudaram a superar o início de uma depressão.

Atividades

Entre as atividades oferecidas pelo “Alegria de Viver” estão práticas corporais, exercícios físicos, meditação, artesanato e coral. Além disso, há a organização de passeios. “Fazemos almoços e jantares. Em setembro, costumamos visitar a Expoflora”, afirma Lourdes. Ela garante que essas atividades ajudam a resgatar a autonomia e independência do idoso, ajudando a melhorar a qualidade de vida.

A mais nova proposta do “Alegria de Viver” é a criação de uma horta. “Cada pessoa terá um pedacinho de terra aqui dentro da unidade e poderá vir cuidar dele, regar e plantar a qualquer hora do dia. Nós sempre dizemos aqui que o Centro de Saúde é da comunidade”, comenta Renata.

Os encontros começaram no ano da fundação do grupo, mas se tornaram frequentes e até excederam os horários determinados.

Nair Dias da Silva, de 75 anos, frequenta o grupo desde janeiro do ano passado. “Essa confraternização faz muito bem. Além disso, fazemos alguns amigos”, comenta. Ela conta que pessoas de qualquer idade podem participar. “É uma maneira de promover a convivência com todas as faixas etárias”, afirma Lourdes.

Fotos de Rogério Capela

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