Doenças no aparelho circulatório são as que mais matam em Campinas

12/12/2013

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As doenças do aparelho circulatório, como as cardiovasculares e as cerebrovasculares, são as que mais matam em Campinas, de acordo com o “Relatório Anual da Vigilância das Doenças Crônicas Não Transmissíveis”, que apontou que cerca de 60% da população morreu em decorrência dessas doenças em 2010. O documento, inédito, foi elaborado pela Secretaria de Saúde de Campinas, e demonstrou que o município tem índices melhores que a média nacional e estadual.

O relatório foi divulgado nesta quinta-feira, 12 de dezembro,  no Salão de Eventos UPA Centro.

De acordo com o coordenador da Vigilância das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, o médico epidemiologista André Ribas Freitas, esses números refletem a trajetória e a qualidade da Atenção Básica em Campinas. “A rede de atenção básica foi criada na década de 70 aqui no município, enquanto que, em outros locais, ela tem menos de 20 anos e só foi implementada com o SUS (Sistema Único de Saúde)”.

Outra explicação é a mudança no perfil da população, com diminuição progressiva da mortalidade precoce, redução das doenças infectocontagiosas, redução da desnutrição e aumento de sobrepeso e obesidade, além de uma expectativa de vida maior.

Os cânceres, as doenças respiratórias crônicas e o diabetes aparecem em seguida como principais causas de morte na cidade. “Na maioria dessas enfermidades, os fatores de risco podem ser reduzidos com mudanças de hábitos, como prática de atividade física, alimentação saudável, redução da obesidade, controle da hipertensão, do tabagismo e diabetes”, disse.

Nesse sentido, o município mantém programas e projetos de antitabagismo, grupos de caminhada, grupos para tratar transtornos alimentares, entre outros.

Segundo a médica Elda Motta, da VISA Noroeste, o relatório vai permitir nortear as políticas públicas em saúde. “Sabendo onde há uma população mais idosa, podemos direcionar médicos especialistas para atender estas pessoas. Assim como em locais com mais incidências de uma certa doença, criar grupos de prevenção”, finalizou.


Crédito: Luiz Granzotto
Relatório foi apresentado aos profissionais da saúde


Crédito: Luiz Granzotto
O epidemiologista André Ribas Freitas comentou o relatório e falou sobre a mudança de perfil da população


Crédito: Luiz Granzotto
Profissionais da saúde atentos ao que o médico fala

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