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05/04/2017

Notícia - Assistência, Saúde e Educação trocam saberes sobre atendimentos a crianças

 

O Grupo de Trabalho Intersetorial (GTI) composto por representantes das secretarias municipais de Assistência Social e Segurança Alimentar; Saúde e Educação, que se reúne desde fevereiro deste ano, identificou a necessidade de discutir vários temas para qualificar ainda mais o trabalho que vem sendo desenvolvido pela rede de acolhimento de crianças e adolescentes do município. O objetivo central é trocar experiências entre os técnicos que atuam nos serviços de acolhimento e em alguns serviços da rede de saúde mental.  

A vontade de conversar e aprimorar o trabalho resultou na primeira edição do “Encontro para Troca de Saberes”, cuja abertura ocorreu na tarde desta quarta-feira, dia 5 de abril, no Salão Vermelho do Paço Municipal. Estavam presentes a secretária municipal de Assistência Social e Segurança Alimentar, Jane Valente e, representando a Secretaria Municipal de Saúde, a coordenadora da Saúde Mental da Pasta, Sara Sgobin.  

O encontro teve como tema “Diálogos na rede CAPs Infanto-Juvenis e Serviços de Acolhimento Institucional compartilhando o cuidado de crianças e adolescentes”. As apresentações ficaram a cargo de profissionais da rede de Saúde Mental e de Assistência Social. 

De acordo com a secretária Jane, o Plano de Reordenamento de Acolhimento de Crianças e Adolescentes, elaborado há dez anos pelo município, trouxe uma série de avanços para essa rede. Ela avaliou que agora o próximo grande desafio é a qualificação do atendimento a esses meninos e meninas que vivem nos abrigos.  

“Nesses últimos dez anos, nós evoluímos muito nas questões estruturais, na reorganização dos espaços físicos, e daqui para a frente vamos nos empenhar na qualificação do atendimento ao adolescente e à criança pequena. Precisamos olhar para dentro dos serviços e estreitar ainda mais nossa relação com a Saúde Mental. Outro grande desafio é aproximar as áreas de Cultura e de Esportes da vida cotidiana dessas crianças e adolescentes”, comentou.  

A secretária lembrou ainda que há dez anos o orçamento dessa rede era de R$ 700 mil e, progressivamente, foi aumentando, em vista do reconhecimento da importância do trabalho. Atualmente, o repasse anual de recursos é de R$ 18,7 milhões.

A coordenadora de Saúde Mental, Sara Sgobin, acrescentou que é sempre muito bom estar junto com a rede que trabalha com a infância para ouvir as questões cotidianas dos abrigos. “A todo momento preconizamos um trabalho intersetorial, multiprofissional, onde as relações são muito importantes entre as áreas de Saúde, Assistência Social, Educação e Cultura. A ideia é de troca de saberes mesmo, trazemos algumas propostas teóricas de discussão mas queremos ouvir as questões do dia a dia, como acontecem as situações nos abrigamentos e nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) para que possamos dar mais potência a essa rede. De fato, estamos progredindo muito nessa relação e ter espaços para construção conjunta desse conhecimento é sempre muito gratificante”, concluiu. 

A diretora do Departamento de Operações de Assistência Social (DOAS), Sílvia Brito, apresentou de modo geral as questões que envolvem o acolhimento de crianças e adolescentes a partir das diretrizes do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). 

Já a coordenadora de Proteção Social da Alta Complexidade para Crianças e Adolescentes (rede de acolhimento institucional), Maria José Geremias, falou sobre os serviços de acolhimento ofertados no município de Campinas pelo SUAS. Atualmente, são oito abrigos, sendo um especializado para usuários de substância psicoativas; duas casas de passagem, uma delas também especializada; dois serviços de família acolhedora; 16 casas lares, sendo uma exclusiva para adolescentes com filhos: e duas repúblicas para jovens de 18 a 21 anos, sendo uma feminina e a outra masculina.  

A psiquiatra Sara Sgobin, que é coordenadora da Saúde Mental, fez uma explanação sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto a coordenadora do CAPS Infantil Espaço Criativo, Carolina Sombine, retratou o trabalho realizado nas quatro unidades de CAPs infantis do município.

 

Temas dos próximos encontros 

A troca de experiências e as interações interdisciplinares continuarão segundo um cronograma de datas e temas já estabelecido: 

26 de abril - “O desenvolvimento infantil e o papel do cuidador”

24 de maio - “A adolescência e suas singularidades”

14 de junho - “Os efeitos da violência e privação de direitos em crianças e adolescentes em acolhimento institucional”

5 de julho - “Manejos e arranjos nas situações difíceis”

 

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Crédito: Antônio de Oliveira
Acolhimento foi tema do Grupo Intersetorial


Crédito: Antônio de Oliveira
Secretária da Assistência Social abriu o debate, ao lado de representantes dos setores envolvidos no atendimento a crianças e adolescentes