Notícia - Desde julho, Campinas
tem 135 casos de sarampo, sem ocorrências de óbitos
Autoria: - PMC
A
Secretaria de Saúde de Campinas divulgou nesta sexta-feira, 13 de dezembro, um
novo boletim sobre os casos de sarampo no município. Desde 8 de julho de 2019
foram registradas 135 confirmações da doença e aplicadas mais de 98,8 mil
doses contra o sarampo.
Do
total de casos, 36 foram registrados em menores de um ano; 27 casos em crianças
entre 1 e 4 anos; sete, em crianças entre 5 e 9 anos; três entre 10 e 14 anos;
12 entre 15 a 19 anos. Outros 21 casos ocorreram em adultos na faixa etária
entre 20 e 29 anos; 20, na faixa entre 30 e 39 anos de idade; cinco em pessoas
com idade entre 40 e 49 anos; dois entre 50 e 59 anos; e dois entre 60 e 69. Não
houve óbitos.
Em
todos os casos, antes mesmo da confirmação por exames de laboratório, foram
desencadeadas as medidas preconizadas, que incluem o afastamento social dos
casos suspeitos durante o período de transmissibilidade e a identificação e
bloqueio vacinal das pessoas que tiveram contato com os casos suspeitos. O
objetivo de tais medidas é interromper a transmissão.
Desde
julho, em ações de bloqueio, foram aplicadas mais de 12 mil doses de vacina
contra o sarampo, que continua disponível em todos os centros de saúde da
cidade. A vacina é gratuita.
Dose
Zero
Anteriormente,
a primeira dose contra o sarampo era aplicada quando a criança completava um
ano mas, no início de agosto, a Secretaria de Saúde de Campinas adotou a
estratégia da chamada 'dose zero' para crianças a partir de seis meses de
idade. A medida se antecipou à recomendação do Ministério da Saúde, que
dias depois a anunciou para todo o País.
A
dose zero não substitui as de rotina, que devem ser mantidas aos 12 meses, por
meio da vacina tríplice viral, e aos 15 meses, por meio da vacina tetraviral ou
pela tríplice viral associada à vacina contra a varicela. A efetividade da
vacina é maior para aqueles que tomaram todas as doses recomendadas.
Recomendações
Pessoas
com sintomas de sarampo devem procurar imediatamente o atendimento médico e
manter o afastamento social. Os sinais incluem febre, conjuntivite, tosse,
coriza e vermelhidão no corpo.
Situação
no Brasil
Após
ter sido considerado eliminado no Brasil, o sarampo voltou a registrar casos no
País em 2018, inicialmente em Roraima e no Amazonas. O impulso para o retorno
da doença foi a entrada de casos importados e a baixa cobertura vacinal no
Brasil.
A
situação fez o Brasil perder o certificado de país livre da doença, o qual
havia sido entregue pela Organização Panamericana de Saúde (Opas) em 2016.
Contribuiu também para o retorno da doença a disseminação de informações
falsas sobre a vacina.
|