Vigilância Epidemiológica
Doença Meningocóccica
O que é a Doença Meningocóccica?
Trata-se de uma doença infecto-contagiosa causada pela bactéria Neisseria Meningitis, também chamada meningococo, podendo se manifestar de diferentes formas: como uma meningite (ver página sobre a meningite), limitada a nasofaringe (mucosa do nariz e da garganta), ou como forma disseminada pelo organismo (meningococcemia), a mais grave.
Transmissão
A transmissão se dá no contato pessoa a pessoa (a forma indireta é muito questionada) através das secreções de nasofaringe (sendo mais frequentes a partir de portadores sãos do que de doentes), sendo que após 24 horas de tratamento o meningococo pode ser eliminado das secreções, porém o portador pode manter a bactéria na orofaringe por até 10 meses.
Período de incubação
Varia entre 2 e 10 dias, mas em geral se situa na faixa de 3 a 4 dias.
Forma clínica
Os portadores se mantém normalmente assintomáticos.
Nos casos de meningite a cefaléia e a febre, acompanhadas por vômitos e rigidez de nuca são os dados principais (veja mais na página sobre meningite).
A meningococcemia, algumas vezes, não se propaga às meningites, devendo-se suspeitar da presença dessa forma septicêmica grave, caracterizada por início súbito, com calafrios, febre alta (39° C ou mais), dores pelo corpo, prostração e mal-estar, acompanhados de exantema petequial (meningococcemia).
Medidas preventivas
As principais medidas preventivas são o controle dos contactantes e a quimioprofilaxia, ou seja, uso de medicamentos para impedir a infecção: é indicada exclusivamente para contatos domiciliares do doente, inclusive em domicílios coletivos, como internatos, quartéis e creches. Nesses casos, limita-se a pessoas que compartilham o dormitório com o doente.
O uso de vacinas é eficaz somente contra as bactérias dos sorotipos A e C, pouco eficiente para os casos de meningococos do grupo B, sendo que as vacinações são recurso de real importância e eficácia apenas nas situações de surtos e epidemias.