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Metodologia
de Gestão
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Para
buscar a reformulação do processo de gestão propusemos alguns
instrumentos que interferem com a mudança a partir de
dentro da instituição hospital e também influenciando-a no
ambiente externo . São eles:
1.
Gerência local:
Desde
o início do projeto, o gerente médico era designado pela SMS,
fazendo parte do seu quadro funcional, mas atuando desarticulado
com os demais serviços do SUS. Na reavaliação, houve
substituição do gerente e alterou-se o modo de inserção do
mesmo, passando este profissional a membro do Colegiado de
Coordenadores de serviços da área distrital e
do Conselho Gestor do Convênio .
Esta
diretriz possibilitou uma consonância de propósitos e articulação
do serviço hospitalar com os demais serviços da rede de saúde
do SUS. O gerente local passou a assumir efetivamente os
problemas do cotidiano da enfermaria, assim como a cuidar das
adaptações necessárias para o bom desempenho do papel de
hospital de retaguarda secundária.
Outra
importante frente de atuação do gerente local foi na
reorganização do processo de trabalho na enfermaria, passando
a contar com clínico diarista e plantonistas apenas para o período
noturno, além de garantir a aceitação de pacientes com
problemas de saúde mais complexos .
2.
Conselho Gestor:
Composto
por 3 membros da SMS , 3 do hospital e 1 representante de usuários
indicado pelo Conselho Municipal de Saúde, reúne-se
ordinariamente a
cada 30 dias. Sua prática era apenas formal, sendo que na
atualidade constitui-se em espaço efetivo de gestão, forum
onde são debatidos os objetivos do convênio, a resolução de
problemas , avaliados
os resultados e redirecionadas as ações.
3.
Planejamento por problemas:
Os
problemas identificados relativos a relação com o hospital
(direção, chefia de enfermagem, farmácia, limpeza,
lavanderia, dentre outros) passaram a ser organizados em
planilhas e levados ao Conselho Gestor para a proposição de
alternativas que os solucionem, quando não se é possível
resolvê-los nas instâncias operacionais.
4.
Sistema de Informações Gerenciais:
Foi
estruturado um sistema de informações gerenciais, constando
dos indicadores hospitalares : taxa de ocupação, média de
permanência, giro, taxa de infecção hospitalar, mortalidade
institucional e hospitalar, causa de mortalidade, morbidade
associada e pesquisa de satisfação do usuário. Os dados são
avaliados mensalmente, servindo de elemento re-direcionador das
ações.
5.
Articulação com o Sistema Municipal de Avaliação e
Controle e Vigilância à Saúde:
Tradicionalmente,
não acontecia articulação sistemática com a Unidade de
Avaliação e controle, nem com as Vigilâncias sanitária e
epidemiológica. Atualmente, tanto questões relativas ao
faturamento, como autorizações para internações e estudo da
mortalidade são feitas em conjunto. Pretendemos implantar a
Comissão de Revisão de Óbitos também com a participação da
auditoria médica.
Com
a Vigilância à Saúde, as ações tem se dado no sentido de
melhorar a estrutura hospitalar, assim como os processos de
trabalho.
6.
Articulação com os serviços encaminhadores:
Foram
mantidos contatos regulares com os hospitais terciários, com os
Prontos Atendimentos municipais e com o SAMU para avaliar a
adequação do perfil assistencial da enfermaria. Um indicador
que tem nos interessado é a morbidade dos pacientes aguardando
internações por mais de 24 horas em macas no Pronto Socorro,
um dos objetivos principais deste projeto.