3.1. A
intersetorialidade das ações de saúde
Obstáculos
e Desafios
3.1.1.
O movimento da Reforma Sanitária encara as práticas do
setor da saúde como qualidade de vida e não apenas ausência de
doenças. Um dos fatores que impedem a concretização da Reforma
é a dificuldade de construir uma prática de promoção da saúde
capaz de fazer a ruptura do próprio modelo do conhecimento e de
formação dos profissionais. Como desafio, o Ministério da Saúde
afirma o compromisso político com o sofrimento do outro e com o
rompimento da espiral que caracteriza os processos de exclusão,
engajando-se no projeto de governo de gerar condições e
oportunidades de desenvolvimento social, compreendido como a
apropriação mais equânime das riquezas geradas pela sociedade.
A baixa capacidade de argumentação científica para convencer os
demais setores sobre a natureza intersetorial dos problemas de saúde
acarreta uma baixa adesão desses setores aos objetivos prioritários
para a saúde. Por outro lado, a desarticulação setorial, junto
com as políticas sociais focais implementadas nos últimos anos
no setor saúde, deve ser superada, promovendo investimento de
recursos a partir das necessidades de saúde, fortalecendo os
princípios da universalidade e integralidade já definidos pelo
SUS.